Foi realizada uma pesquisa com pessoas que consumiam orgânicos, acima de 25 anos e que residiam nas duas maiores cidades do Estado de Alagoas. Partiu-se do pressuposto técnico de que a amostragem é de natureza aleatória. A metodologia utilizada para a geração da amostra é conhecida como Amostragem Probabilística Aleatória Simples.Para uma avaliação pertinente do consumo, foi desenhado um plano amostral com intervalo de confiança de 95% e margem de erro máxima de 4,38%, considerando a maior variância em variáveis categóricas, ou seja, o pior cenário em termos de variância.
Os entrevistados responderam a questões agrupadas em dois blocos: (a) o primeiro bloco, referiu-se ao perfil dos respondentes; (b) o segundo bloco, referiu-se ao grau de conhecimento dos respondentes quanto a questão dos produtos orgânicos, locais de compra, tipos de produtos preferidos, conhecimento da agricultura orgânica e qual a influência que o respondente atribuía a cada um dos aspectos apresentados para a sua decisão de consumir produtos orgânicos.A significância estatística da associação observada foi avaliada pela estatística Qui-quadrado, que ajudou a determinar se existia associação sistematizada entre duas variáveis especificadas.Para melhor atender os resultados da pesquisa foram formuladas hipóteses a fim de testar a relação entre as variáveis. Neste sentido foram formuladas as seguintes hipóteses em relação às variáveis da pesquisa:
H1: Fatores relacionados com a aparência e certificação dos produtos são exigências dos consumidores mais esclarecidos com um grau de escolaridade elevado.
H2: Atributos ligados à qualidade de vida e o apelo ambiental refletem o consumo de
pessoas mais jovens.
H3: Consumidores de poder aquisitivo mais elevado tendem a consumir produtos
orgânicos influenciados pela condição do alimento (saudável e fresco).
A amostra pesquisada foi composta por um total de 500 respondentes, sendo que destes 295 (59%) eram do sexo feminino e 250 (50%) possuíam curso superior incompleto.
Alimentos Saudáveis 3,91 0,437
Alimentos Frescos 3,57 0,807
Alimentos Saborosos 3,52 2,101
Receita Médica 2,68 3,584
Hábito Alimentar 3,26 1,029
Prevenção de Doenças 3,71 0,766
Divulgação do Sebrae 2,49 1,374
Influências Família/Amigos 2,75 1,191
Isento de Agrotóxicos 3,84 0,563
Livres de hormônios 3,78 0,864
Vantagens Nutricionais 3,88 0,496
Certificação 3,13 1,307
Aparência do Produto 3,00 1,204
Apelo Ecológico 3,24 1,114
Diversidade 2,97 1,348
Para o grau de motivação considera-se: 1 = nenhuma motivação; 2 = baixa motivação; 3 =
motivação regular; 4 = Alta motivação.
Dentre os produtos citados na pesquisa, as hortaliças/legumes e as frutas obtiveram maior freqüência na opinião dos respondentes. O cruzamento destes produtos segundo a freqüência de consumo, revelou que mais de 70,0% dos pesquisados consomem estes alimentos diariamente (χ² = 223,716; p < 0,01). Observa-se que os demais produtos que apresentam baixo consumo devem ter motivos associados à divulgação de sua existência, bem como locais de distribuição.
Hortaliças/ Legumes 3,63 0,651
Frutas 3,50 0,750
Carnes 2,03 1,216
Raízes e grãos 2,73 1,188
Bebidas (licor, sucos, café, etc.) 1,82 1,080
Bolos, doces, cereais, condimentos. 1,80 1,063
Massas 1,75 1,080
Laticínios (iogurtes, leite e queijos) 2,19 1,149
Frango 2,11 1,222
Nota: Categorias de consumo: 1 = Nunca Consumiu; 2 = Consome ocasionalmente; 3 = Consome; 4 = Muito Consumido.
O setor supermercadista é considerado como um importante canal de distribuição de hortaliças, sendo responsável por cerca de 50% das hortaliças consumidas no Brasil. De acordo com os consumidores, os locais com maior significância na propensão de compra de produtos orgânicos foram os supermercados. Dentre os consumidores que compram em supermercados 80,8% tem uma renda familiar a partir de 5 salários mínimos (χ² = 29,104; p < 0,01). Isso significa que pessoas de rendas mais elevadas preferem comprar alimentos orgânicos em supermercados. Nota-se maior preferência pelas compras em feiras livres e nos sacolões, nas menores faixas de renda. Outras modalidades referem-se às compras diretas junto a produtores ou abastecimentos em hortas de produção própria, exploradas pelos entrevistados em suas residências ou em sítios e fazendas.
Mercadinhos 1,94 1,120
Supermercados 2,52 1,204
Feiras de bairros 2,46 1,702
Diretamente dos Produtores 1,74 1,249
Mercados 1,61 1,085
Feira Agroecológica 2,51 1,344
Sacolão 1,74 1,107
Nota: Freqüência de compra: 1 = Nenhuma freqüência; 2 = Baixa freqüência; 3 = Freqüente; 4 = Muita freqüência.
De acordo com as preferências dos respondentes com relação ao local de compra de produtos orgânicos. A grande maioria, 56,52%, prefere comprar o produto em locais que apresentam boas condições de qualidade. A análise das preferências pelo local de compra torna-se interessante quando relacionada com a escolaridade dos pesquisados (χ² = 30,803; p < 0,01), verificando-se um significativo aumento da preferência, quanto às condições de higiene, em níveis mais elevados de escolaridade: Superior Completo (33,3%) e Pós-Graduação (18,0%). Pode-se afirmar que a opção por qualidade é fundamental no processo de decisão de compra.
Prefere comprar em locais com boas condições de qualidade 56,52
Que esteja próximo a sua casa 19,13
Não se importa, pois gosta de pesquisar preços 8,70
Prefere o produto diretamente do produtor, mais fresco 7,83
Gostaria de receber o produto através de delivery 7,83
TOTAL 100,0%
A grande maioria afirmou que em sua residência moram de 3 a 4 pessoas (56,19%), e que estes são consumidores de produtos orgânicos. Verifica-se, ainda, que 67,69% dos entrevistados moram em residências com cerca de 3 a 8 pessoas, este fato leva acreditar que pode existir uma maior demanda para os alimentos orgânicos. Uma grande parte dos entrevistados considera o preço dos produtos orgânicos compatível (63,04%), surgindo ainda uma significativa participação daqueles que consideram o preço do produto caro (20,87%). Essas informações se tornam relevantes quando cruzadas com a freqüência de consumo. Dos consumidores que julgam o preço compatível, 46,2% consomem alimentos orgânicos diariamente. Já aqueles que consideram o preço caro, 41,7% consomem este tipo de produto semanalmente (χ² = 39,797; p < 0,05).
Para entendermos como o padrão de consumo é influenciado pelo perfil demográfico dos respondentes, realizou-se testes de hipóteses para melhor explicar tendências de classificação dos pesquisados segundo o consumo de alimentos orgânicos. O grupo pertencente ao primeiro fator, aparência e certificação, destaca-se com uma significativa participação de consumidores com escolaridade elevada, ensino médio completo até superior completo (χ² = 44,115; p<0,00). O segundo fator, saúde e apelo ambiental, contemplam uma parcela de consumidores jovens preocupados com o meio ambiente e a própria saúde (χ² = 33,586; p<0,00). O terceiro componente, condição do alimento, encontram-se os consumidores com renda acima de 05 salários mínimos (χ² = 69,209; p<0,00).
A amostra pesquisada foi composta por um total de 500 respondentes, sendo que destes 295 (59%) eram do sexo feminino e 250 (50%) possuíam curso superior incompleto.
Tabela 01: Motivação para o Consumo de Produtos Orgânicos
Variáveis Média Desvio Padrão Alimentos Saudáveis 3,91 0,437
Alimentos Frescos 3,57 0,807
Alimentos Saborosos 3,52 2,101
Receita Médica 2,68 3,584
Hábito Alimentar 3,26 1,029
Prevenção de Doenças 3,71 0,766
Divulgação do Sebrae 2,49 1,374
Influências Família/Amigos 2,75 1,191
Isento de Agrotóxicos 3,84 0,563
Livres de hormônios 3,78 0,864
Vantagens Nutricionais 3,88 0,496
Certificação 3,13 1,307
Aparência do Produto 3,00 1,204
Apelo Ecológico 3,24 1,114
Diversidade 2,97 1,348
Para o grau de motivação considera-se: 1 = nenhuma motivação; 2 = baixa motivação; 3 =
motivação regular; 4 = Alta motivação.
Dentre os produtos citados na pesquisa, as hortaliças/legumes e as frutas obtiveram maior freqüência na opinião dos respondentes. O cruzamento destes produtos segundo a freqüência de consumo, revelou que mais de 70,0% dos pesquisados consomem estes alimentos diariamente (χ² = 223,716; p < 0,01). Observa-se que os demais produtos que apresentam baixo consumo devem ter motivos associados à divulgação de sua existência, bem como locais de distribuição.
Tabela 02: Categorias de Produtos Orgânicos mais consumido
Variáveis Média Desvio Padrão Hortaliças/ Legumes 3,63 0,651
Frutas 3,50 0,750
Carnes 2,03 1,216
Raízes e grãos 2,73 1,188
Bebidas (licor, sucos, café, etc.) 1,82 1,080
Bolos, doces, cereais, condimentos. 1,80 1,063
Massas 1,75 1,080
Laticínios (iogurtes, leite e queijos) 2,19 1,149
Frango 2,11 1,222
Nota: Categorias de consumo: 1 = Nunca Consumiu; 2 = Consome ocasionalmente; 3 = Consome; 4 = Muito Consumido.
O setor supermercadista é considerado como um importante canal de distribuição de hortaliças, sendo responsável por cerca de 50% das hortaliças consumidas no Brasil. De acordo com os consumidores, os locais com maior significância na propensão de compra de produtos orgânicos foram os supermercados. Dentre os consumidores que compram em supermercados 80,8% tem uma renda familiar a partir de 5 salários mínimos (χ² = 29,104; p < 0,01). Isso significa que pessoas de rendas mais elevadas preferem comprar alimentos orgânicos em supermercados. Nota-se maior preferência pelas compras em feiras livres e nos sacolões, nas menores faixas de renda. Outras modalidades referem-se às compras diretas junto a produtores ou abastecimentos em hortas de produção própria, exploradas pelos entrevistados em suas residências ou em sítios e fazendas.
Tabela 03: Freqüência nos locais de compra
Variáveis Média Desvio Padrão Mercadinhos 1,94 1,120
Supermercados 2,52 1,204
Feiras de bairros 2,46 1,702
Diretamente dos Produtores 1,74 1,249
Mercados 1,61 1,085
Feira Agroecológica 2,51 1,344
Sacolão 1,74 1,107
Nota: Freqüência de compra: 1 = Nenhuma freqüência; 2 = Baixa freqüência; 3 = Freqüente; 4 = Muita freqüência.
De acordo com as preferências dos respondentes com relação ao local de compra de produtos orgânicos. A grande maioria, 56,52%, prefere comprar o produto em locais que apresentam boas condições de qualidade. A análise das preferências pelo local de compra torna-se interessante quando relacionada com a escolaridade dos pesquisados (χ² = 30,803; p < 0,01), verificando-se um significativo aumento da preferência, quanto às condições de higiene, em níveis mais elevados de escolaridade: Superior Completo (33,3%) e Pós-Graduação (18,0%). Pode-se afirmar que a opção por qualidade é fundamental no processo de decisão de compra.
Tabela 04 – Frases que expressam a preferência dos consumidores de produtos orgânicos,
referente à escolha do local de compra.
Descrição % Prefere comprar em locais com boas condições de qualidade 56,52
Que esteja próximo a sua casa 19,13
Não se importa, pois gosta de pesquisar preços 8,70
Prefere o produto diretamente do produtor, mais fresco 7,83
Gostaria de receber o produto através de delivery 7,83
TOTAL 100,0%
A grande maioria afirmou que em sua residência moram de 3 a 4 pessoas (56,19%), e que estes são consumidores de produtos orgânicos. Verifica-se, ainda, que 67,69% dos entrevistados moram em residências com cerca de 3 a 8 pessoas, este fato leva acreditar que pode existir uma maior demanda para os alimentos orgânicos. Uma grande parte dos entrevistados considera o preço dos produtos orgânicos compatível (63,04%), surgindo ainda uma significativa participação daqueles que consideram o preço do produto caro (20,87%). Essas informações se tornam relevantes quando cruzadas com a freqüência de consumo. Dos consumidores que julgam o preço compatível, 46,2% consomem alimentos orgânicos diariamente. Já aqueles que consideram o preço caro, 41,7% consomem este tipo de produto semanalmente (χ² = 39,797; p < 0,05).
Para entendermos como o padrão de consumo é influenciado pelo perfil demográfico dos respondentes, realizou-se testes de hipóteses para melhor explicar tendências de classificação dos pesquisados segundo o consumo de alimentos orgânicos. O grupo pertencente ao primeiro fator, aparência e certificação, destaca-se com uma significativa participação de consumidores com escolaridade elevada, ensino médio completo até superior completo (χ² = 44,115; p<0,00). O segundo fator, saúde e apelo ambiental, contemplam uma parcela de consumidores jovens preocupados com o meio ambiente e a própria saúde (χ² = 33,586; p<0,00). O terceiro componente, condição do alimento, encontram-se os consumidores com renda acima de 05 salários mínimos (χ² = 69,209; p<0,00).
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